"De que lado eles sambam"

Será que a recém eleita chapa 2 representa de fato a voz dos estudantes da UFRJ?

por Helena Borges e Marianne Teixeira

1. Título muito bom e muito criativo! Parabéns! Só não entendi o porquê das aspas. Tinha pensado também que o "eles" poderia estar em itálico. O que vocês acham? Destaque também pro sub-título, que também ficou bem legal, incentiva a leitura.

As eleições para o DCE acabaram, e agora? Descubra os planos da chapa vencedora, a posição deles sobre a proibição do álcool na Praia vermelha e outros assuntos polêmicos. Nessa entrevista, a estudante Carolina Barreto, um dos membros mais atuantes da Chapa 2, fala sobre os principais problemas e desafios de mais um ano de gestão. Além disso, rebate algumas acusações dirigidas à sua chapa durante o período de eleições.

2. A vírgula deixou um pouco confuso. Seria melhor "As eleições para o DCE acabaram. E agora?".

3. Imprecisão jornalística: "os planos da chapa vencedora". Que chapa? Vocês brincaram com o nome deles, mas é preciso dizer qual o nome. Eu sei que parece meio óbvio, mas é importante.

4. Erro de paralelismo: em vez de "descubra os planos da chapa vencedora, a posição deles sobre a proibição do álcool na Praia vermelha e outros assuntos polêmicos", "descubra os planos da chapa vencedora e a posição deles sobre a proibição do álcool na Praia vermelha e outros assuntos polêmicos". Na realidade essa é só uma das possibilidades.

Tem gente que diz que, quando alguém entra numa chapa de DCE ou de CA, acaba se envolvendo com política, se já não está envolvido com algum partido. E quando esse envolvimento já é anterior, acaba influenciando os movimentos estudantis. Você concorda com isso?

Carolina Barret0 - A influência existe, por exemplo, eu sou do PSOL, ouço coisas do meu partido e trago algumas discussões de lá para cá quando acho pertinente. O que é muito ruim é quando os partidos tentam usar o movimento estudantil como trampolim. A gente preza por fazer algo diferente, como assembleias gerais dos estudantes onde todos podem participar e dar suas opiniões. Isso é importante para não ficar algo viciado no mesmo grupo. Caso contrário fica ruim mesmo, aí eu concordo com a crítica. Mas, às vezes, essa influência dos partidos pode ser positiva, ajudando a ligar as questões particulares da universidade com outras mais gerais, politizando o debate.

5. Em vez de "a influência existe, por exemplo, eu sou do PSOL, ouço...", "a influência existe. Por exemplo, eu sou do PSOL. Ouço..." - mesmo se a entrevista tiver sido concedida por email (não sei se foi o caso), deve-se corrigir as inconsistencias e os erros de português.

6. Faltou vírgula em "caso contrário fica ruim mesmo", entre "contrário" e "fica".

Em relação às negociações que vocês pretendem fazer, o Consuni, que seria o órgão mais indicado para isso, foi marcado para uma data anterior à posse de vocês. Isso prejudica os objetivos da chapa?

7. A pergunta ficou um pouco estranha. Que negociações? Mesmo que vocês falem depois, o leitor perde o referencial nesse momento. Talvez ela pudesse começar a partir de "o Consuni...".

Na verdade, negociar coisas no Consuni é algo que não existe. Porque lá 70% dos participantes são professores, no mínimo. Os outros trinta são funcionários, alunos e outros grupos, todo mundo tem representação no Consuni, é uma festa. Enfim, num universo de 50 pessoas, nós somos 5. Então nós ocupamos lá, porque é um espaço para as reivindicações dos estudantes. Mas somente chegar e tentar negociar na hora não é algo que vá muito para frente. Pois o que sai de lá é por pressão, nossa capacidade de argüição pouco importa na hora. O que temos de fazer é manifestação, quem sabe no primeiro Consuni da próxima gestão nós não conseguimos fazer um ato pela cerveja...

8. Sei que não é culpa de vocês, mas a resposta dela está um pouco confusa. Se vocês transcreveram uma fala dela (em caso da entrevista ter sido feita ao vivo e com gravador), atentem para o fato de que a linguagem oral é diferente da escrita. Às vezes, é melhor anotar as ideias principais do entrevistado e depois reescrevê-las.

No jornal vocês falaram do curso de RI, que foi inaugurado recentemente e está localizado no subsolo do CCS, que não era o projeto inicial. O que a chapa propõe para a resolução desse caso?

9. Que jornal?

10. É melhor dizer "Relações Internacionais (RI)", em vez de "RI". Daí depois pode usar a sigla à vontade!

11. Em vez de "que não era o projeto inicial", "o que não era o projeto inicial".

A congregação de RI, recém formada, acabou de decidir que eles vêm para a Praia Vermelha. Eu acho que a solução é essa. Porque, de fato, os caras estão lá no Fundão, isolados da área de conhecimento. Diz a reitoria que vai fazer um prédio só pra RI, mas que só vai ficar pronto em 2013. Mas, eu acho, que enquanto não acontece, enquanto não se concretiza, eles têm mesmo que vir para a Praia Vermelha e pro Centro. Aqui, na Urca tem espaço, mas é necessário que se construam mais salas de aulas, que invistam no campus. Essa é a solução...

12. Em vez de "eu acho, que enquanto não acontece", "eu acho que, enquanto não acontece".

13. Em vez de "Aqui, na Urca tem espaço", "Aqui, na Urca, tem espaço".

Falando sobre a criação dos bandejões. Foram lançadas publicamente algumas críticas bem fortes contra o DCE, acusando-o de ter sido contra a criação dos bandejões e que a implantação desses foi, na verdade, uma vitória dos C.A.s da Engenharia e do CCMN. O que você declara sobre essa acusação?

14. "Essas acusações", não?

Na verdade, essa é uma luta do DCE desde sempre, tanto que no semestre passado nós organizamos vários “almoções” em diferentes campi, como se fossem atos em defesa do bandejão. Então essa afirmativa é falsa, foi uma iniciativa nossa, temos até fotos desses atos, em vários lugares, até no CAp.

Um dos novos cursos aprovados pela UFRJ e já em atividade é o bacharelado em Ciências Matemáticas e da Terra. Vocês foram contra aprovação desse curso, porém no dia da votação, não estavam presentes. Por que não houve representatividade do órgão de estudantes numa questão tão séria?

A gente se colocou desde o início contra esse processo. Quando a votação foi parar no Consuni, o próprio órgão antecipou a votação, através de um Conselho Extraordinário. Essa antecipação foi proposital, porque o DCE, que se posicionou contra o projeto, estava num Congresso de Estudantes. Por isso não houve a nossa participação na votação. E mesmo que estivéssemos lá, não teríamos voz porque a votação foi durante o período de férias. E a verdade é que a gente só consegue ter voz no Consuni quando conseguimos mobilizar um grande contingente de estudantes. Na verdade, tinha um representante do DCE lá sim, que era o Mário. Mas só ele, por esse motivo.

15. Faltou vírgula após o "e" em: "E mesmo que estivéssemos lá,".

Uma das questões mais polêmicas atualmente na Praia Vermelha é a proibição da venda de bebida alcoólica. O que vocês acham dessa situação?

A avaliação que eu faço é a seguinte: eles pegaram um caso isolado e usaram isso como pretexto para acabar com a cerveja. Cerveja essa que é vendida durante 365 dias por ano aqui e nem por isso as pessoas saem na porrada todo dia. A gente não está querendo fazer um movimento sobre o direito de vender cerveja abstratamente. Mas eu acho que isso, objetivamente, cria um espaço de convivência e de integração entre os estudantes. Eu passo hoje lá no sujinho à noite e fico deprimida. Um espaço que já teve samba, já teve sarau. E foram tirando tudo. Tem que haver uma ampla campanha contra essa decisão.

Em uma reportagem do Segundo Caderno do jornal O Globo mostrou-se a situação precária do alojamento da UFRJ, com infiltrações, ratos entre outros problemas. Qual a posição da chapa quanto aos alunos que se encontram lá?

16. Faltou vírgula antes de "entre outros".

A primeira coisa é a reforma urgente do alojamento. Não é uma demanda de agora, é de muitos anos. Porque a situação é bem crítica, tem muitas infiltrações, há risco de cair. Outro ponto nesse assunto é a proposta do Plano Diretor, apresentado pela reitoria. Essa proposta consiste na ampliação do alojamento, que realmente tem que ampliar, porque hoje só comporta 504 alunos. Só que 75% dos quartos construídos com essa ampliação seriam para aluguel. O professor que propôs isso, alegou que quem tem condições de pagar pra morar, tem que pagar mesmo. E a nossa chapa discorda. A educação é um direito, e pra ter acesso a ela, é preciso mais do que o ensino, precisa ter alojamento, precisa ter bandejão.

E agora, após a vitória, qual o plano emergencial de vocês, a primeira medida a ser tomada?

O principal é colocar peso sobre a questão das condições de permanência de alguns cursos em seus campus, que estão ameaçados de transferência. Aqui na Praia Vermelha, por exemplo, você vê uma série de problemas, como a ausência da equipe de limpeza, as proibições de festas e mais recentemente da venda de álcool. Nós agora nem sabemos se vai ter a festa junina por causa disso. E é por isso que o DCE já está agindo com os C.A.s da Urca fazendo um abaixo assinado.

17. Cabe um "além disso," antes de "aqui na Praia Vermelha...".

18. As perguntas de vocês foram bem interessantes e inteligentes. Não tiveram medo de colocar a Carol em alguma saia justa - e esse é o papel do jornalista. Parabéns!

19. O jornalista, em uma entrevista, também tem o papel de editor. Não se preocupem em mudar a forma como a pessoa escreveu, alterar ou cortar trechos, trocar ordem de passagens em uma mesma resposta ou até mesmo de perguntas e respostas. Isso é o essencial para uma boa entrevista: saber selecionar e organizar as informações dadas de modo que elas tenham mais pertinência para o público de vocês.

20. Acho que a entrevista está muito boa e ia ser muito legal publicá-la no Macacos. Vocês podem dar uma revisada no que acharem necessário e passar na lista de novo que eu publico. Se fizerem até amanhã, sai na publicação de amanhã à noite. De novo, parabéns!

Trabalho no domingo? Pela Copa Campus, sim

Calouros têm o primeiro contato com o jornalismo esportivo e aprovam a experiência

por Marianne Teixeira e Ricardo Porto

Clima de revanche e de aprendizado. Assim ficou marcada a manhã do último domingo de março no Colégio Batista com o amistoso entre Padaria e Tornassol, respectivamente campeão e vice da 10ª COPA CAMPUS da UFRJ. Na arquibancada, estavam os calouros que aceitaram colocar em prática o novo projeto dos organizadores: tornar o site do torneio mais multimídia com a criação da versão radiofônica e auxiliar os novos alunos da ECO no desenvolvimento da cobertura jornalística.

1. Pequena confusão. Os calouros vão colocar em prática o projeto de ajudar os novos alunos da ECO (que devem ser os calouros) na cobertura?

2. A escolha dessa abordagem do tema caiu muito bem!

O treinamento começou na sexta feira antes do jogo. Gabriel Vieira, do 3o período, dá início à oficina explicando as principais diferenças entre a cobertura televisiva e radiofônica, técnicas de entrevista e como usar o que seria o principal instrumento na hora do jogo: o gravador. Não foi tão fácil quanto parecia, mas o pessoal aprendeu as lições. "O importante da faculdade é você tentar fazer um projeto novo. Essa oficina é uma oportunidade de mostrar aos calouros a importância do rádio e passar a nossa experiência com ela", diz Gabriel.

3. Faltou hífen em “sexta feira”.

Era a hora de pôr em prática o que foi aprendido. Mesmo com a ameaça de chuva, cinco novos colaboradores chegaram animados com a missão de fazer a cobertura do evento. "Fiquei surpreendido com a quantidade de calouros que compareceram. É um número alto num amistoso e estou bastante animado", diz Artur de Araújo, um dos organizadores da oficina. Como nem tudo acontece como é previsto, a partida começou com atraso e os aspirantes a jornalistas esportivos receberam uma outra função: fotografar o jogo. Sem problemas! O que eles queriam era fazer um bom trabalho.

No final, deu tudo certo e o resultado foi a aprovação dos veteranos e a satisfação dos calouros. "Foi uma experiência que superou minhas expectativas e pretendo cobrir esse campeonato sensacional em qualquer dia ou horário", diz Pedro de Figueiredo, estudante do 1º semestre. Para os recém chegados estudantes da ECO, o interesse em continuar no projeto foi unânime, reforçando ainda mais o sucesso da Copa Campus. Para o calouro Felipe Couto, o interessante é o grau de profissionalismo dos jogadores e organizadores. "Aconselho todos a participar", diz ele.

4. “Aconselho todos a participarem” ao invés de “’ aconselho todos a participar’”.

O amistoso terminou com mais uma derrota do Tornassol, equipe da Egenharia Química, marcando quatro gols contra seis do seu rival Padaria, da Educação Física. Mais informações você encontra no site do evento www.copacampus.com.br.

5. O texto está excelente! Vocês estão mais do que parabéns! Em uma linguagem de revista vocês fizeram a matéria ser gostosa de ler até o final!

6. Acho que, se vocês quiserem, dá pra publicar no Macacos, mesmo já tendo passado um tempo.

Reunião do CA: oposição ao Plano Diretor é votada no último encontro

por Thiago Carvalho
Durante a última segunda-feira, dia 06, na sala do CA, ocorreu uma reunião do Centro Acadêmico da Escola de Comunicação (CAECO) que, dentre outros assuntos, votou pela oposição dos estudantes ao projeto de concentrar todas as faculdades na Cidade Universitária. O encontro contou ainda com propostas e opiniões dos alunos e membros do CA sobre o Plano Diretor.

1. Muito bem! Você conseguiu selecionar as ideias principais neste primeiro parágrafo lead. Faltou apenas a organização em termos de relevância. Seria melhor começar com: “A oposição dos estudantes ao projeto de concentrar todas as faculdades na Cidade Universitária foi votada na última segunda-feira em uma reunião do CAECO...” e assim por diante.

2. Se achar interessante/conveniente, dê uma especificada nesses “outros assuntos”. Talvez dizendo Sararte e Festa Junina. É apenas uma ideia.


A reunião marcada inicialmente para às 18 horas começou com um atraso de 30 minutos e foi aberta com informes gerias feitos por membros do CA sobre a festa junina – que está encontrando problemas quanto a organização – o Sararte – evento de apresentação de bandas, poesias, esquetes e outras atividades, que ocorrerá mas não possui data confirmada – e uma carta entregue ao Reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, que argumentava sobre a política da universidade a respeito das festas e dos espaços públicos dentro dos campus. A principal motivação para a elaboração dessa carta foi a não liberalização do “campinho” do campus da Praia Vermelha para a realização do piquenique durante a semana de calouros.

2. Erro de digitação: “gerais” ao invés de “gerias”.

3. Imprecisão jornalística: “... festa junina – que está encontrando problemas quanto a organização...”. Que problemas? Deixou o leitor curioso.

4. Muitas informações para um só frase no primeiro período desse parágrafo. Tente diluir em 2, 3 ou 4 períodos. Senão, quando termina a frase (principalmente pelos parênteses) você se perde um pouco.


Sobre o Plano diretor foram expressas opiniões contra e a favor da execução dos projetos de centralização das faculdades. Sobre os cursos que se localizam na Praia Vermelha é dito que Economia, Ciências Sociais, Psicologia e Comunicação Social (votação feita durante essa mesma sessão) não sairão de onde estão. Pedagogia manifestou intenções em aderir ao plano e a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis ainda está em debate a respeito.

5. Erro de regência. “Intenções de aderir”, ao invés de “em aderir”.

6. Se o tema central do seu texto é a questão do Plano Diretor, esse parágrafo deveria vir como segundo. O que você acabou fazendo foi optar pela ordem cronológica (contou como foi o começo da reunião e relatou os acontecimentos na ordem em que se sucederam). Lembre que a hierarquia é de importância.

Por fim, a reunião terminou duas horas após seu início com a proposta de criação de uma “campanha” para a conscientização dos alunos da ECO a respeito de temas como Plano Diretor e REUNI, assuntos que afetam diretamente os estudantes. A proposta ainda entrará em desenvolvimento e, em breve, deve ser colocada em prática. A idéia é atrair mais alunos para os conselhos e para a participação nas decisões do CA, uma vez que apenas 12 estudantes compareceram dia 6, um número muito pequeno de pessoas para representar um dos maiores cursos de toda a UFRJ.

7. Por que aspas para a palavra “campanha”? Parece desnecessário.

8. O fato de poucas pessoas terem comparecido poderia ser um ponto interessante a ser explorado. Poderia ter uma referência a isso no lead, por exemplo.

9. Lelesk, você melhorou absurdamente do seu último texto para esse. De fato tentou prestar atenção nos comentários anteriores, parabéns! Agora, falta só tentar fazer esses últimos ajustes.

10. Se quiser publicar no Macacos, rola, porque tem tudo a ver. Mas daí seria mais interessante mudar um pouco o foco para ficar mais atemporal. De repente o foco poderia ser: CAECO vota oposição ao Plano Diretor e vai adotar campanhas de conscientização. Entreviste alguém para saber que tipo de campanha seria essa. Mas é só uma sugestão!

Workshop de Blog: não foi um workshop

O workshop marcado para o último dia do Seminário Internacional de Mídia e Violência decepciona por falta de dinamismo.

por Thiago Carvalho

1. A ideia do título foi muito boa (e você pegou um bom ponto), mas a estrutura não ficou muito boa, até pela repetição da palavra workshop.

2. Suprimir o "o" do subtítulo dá mais dinamismo a ele. Novamente, parabéns pelo subtítulo: o verbo decepcionar é muito bom.

Quatro ventiladores, três câmeras de filmagem, mesa de aparelhagem eletrônica para gravação e edição de vídeos e aparelhos individuais de tradução simultânea. Essa foi a preparação e o equipamento que englobou a produção do workshop apresentado na sexta-feira à tarde, dia de encerramento do Seminário sobre Mídia e Violência.

3. Erro de concordância verbal e nominal: "Esses foram a preparação e o equipamento que englobaram a produção", ao invés de "Essa foi a preparação e o equipamento que englobou a produção".

4. Tem certeza de que "englobar" é o verbo adequado?

5. Seu parágrafo de abertura foge completamente do esquema lead padrão. Parece que você vai falar sobre como foi para a produção montar o workshop.

Durante a oficina, foram ouvidos importantes nomes da comunicação via blog do Brasil e do exterior. A palestra fora aberta com o discurso inicial do professor da UFRJ/ECO Augusto Gazir, que realizou um discurso interessante. Ele estava visivelmente nervoso – sua mão tremia muito – e baseou sua fala em pontos apresentados anteriormente no discurso da professora e diretora Ivana Bentes. Após esse início, falaram também Oona de Castro, líder de projetos do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV e ligada ao site Overmundo, um portal dedicado à cultura brasileira; um aluno/fotógrafo atuante no Complexo do Alemão e o chileno residente no Canadá Maurício Segura, que realizou seu discurso em espanhol – não em inglês, como anteriormente - devido a um problema no sistema de tradução simultânea.

6. "A palestra foi aberta", ao invés de "fora aberta".

7. Fuga do padrão jornalístico com o adjetivo "interessante". Interessante para você, mas não necessariamente para o leitor.

8. Imprecisão jornalística: o discurso foi interessante. Mas e aí? Ele falou sobre o que?

9. Quando foi o discurso da Ivana em que ele se baseou? A informação acabou trazendo confusão.

10. O garoto Maicou não é aluno da ECO.

Apesar dos grandes e promissores discursantes, o workshop elaborado acabou sendo uma atividade cansativa e pouco envolvente. Isso ocorreu devido à falta de dinamismo e interatividade dos participantes, que se resumiram à elaboração de perguntas ao fim dos discursos. A “oficina”, na qual a suposição é realizar uma introdução ao assunto em discussão e depois partir para a realização de uma demonstração prática, se tornou, então, uma palestra comum.

11. Esse parágrafo é muito importante e tem bastante conteúdo. Poderia, com ajustes, ser seu lead.

Ainda que pouco dinâmico, o workshop contou com uma razoável participação do público. Embora boa parte dos 40 ouvintes iniciais já tivesse se retirado nos momentos iniciais, os participantes remanescentes contribuíram de forma relativamente ativa. Muitas perguntas foram elaboradas e idéias foram debatidas – ainda que de maneira tímida – contando, inclusive, com constatações que nada haviam em comum com o tema “blogs”, mas que serviram para divertir os palestrantes e parte da audiência. Por conseguinte, a “oficina” se revelara suficientemente satisfatória para o público presente, mas aquém da expectativa que se criou acerca de um workshop sobre Blogs integrado ao Seminário Internacional sobre Mídia e Violência.

12. Repetição desagradável da palvra "iniciais".

13. Deixou o leitor curioso, o que é ruim. Falou sobre as constatações estranhas que divertiram os participantes sem dar nada de concreto.

14. "Se revelou", ao invés de "se revelara".

15. Poderia ter falas de pessoas que não acharam a oficina tão boa.

16. Não sei se foi seu objetivo, mas o texto acabou sendo um relato pessoal e pouco detalhado.

17. Você escreve bem, tem melodia. Fique atento nos pontos que discutimos na última reunião e tente trazê-los para seu próximo texto!

Campus da UFRJ é palco de seminário internacional

por Camille Perissè
1. Esse título ficou bem melhor que o outro.
O seminário “Mídia e Violência”, realizado nos dias 26 e 27 no Fórum Ciência e Cultura da UFRJ, contou com a participação de jornalistas renomeados, do Brasil e do exterior, e acarretou um vasto público de interessados, como estudantes e pesquisadores. As diferentes palestras que ocorreram durante os dois dias possibilitaram debates calorosos e o seminário ainda contou com alguns workshops, dando ênfase sempre à atuação do profissional de jornalismo na cobertura de conflitos e equívocos presentes em nossa sociedade, como o preconceito em relação a comunidades e favelas.
2. Acho que você não quis dizer "acarretou" em "... e acarretou um vasto público...". Que tal algo como "e trouxe ao Campus da Praia Vermelha um vasto público"?
3. Erro de paralelismo. Ao invés de "... dando ênfase sempre à atuação do profissional (...) e equívocos...", "dando ênfase sempre à atuação do profissional (...) e a equívocos".
4. Agora sim seu lead está mais trabalhado. Esse é o caminho! Concentre-se bastante e seja bem crítica ao escrever.

O painel da tarde do dia 26, “Situações em conflito – jornalistas em ação”, recebeu 4 palestrantes – Doug Saunders, Raphael Gomide, Ana Arana e Marcelo Moreira - e mais de cem interessados, dando um panorama da rotina dos jornalistas que trabalham com situações conflituosas. Foram abordadas as mudanças que aconteceram no jornalismo brasileiro depois da morte do jornalista Tim Lopes. Os palestrantes destacaram a importância da segurança dos profissionais. “Não há matéria pela qual se valha à pena morrer”, pronunciou Raphael Gomide (Folha S. Paulo).


5. Lembre que as informações mais importantes devem sempre vir primeiro. A abertura do parágrafo ficaria melhor da seguinte forma: "O painel “Situações em conflito – jornalistas em ação”, da tarde do dia 26, recebeu"

6. "Foram abordadas as mudanças que aconteceram no jornalismo brasileiro..." é uma expressão muito vaga, representa imprecisão jornalística. É preciso exemplificar alguma dessas mudanças.

7. Ficou muito interessante e foi muito pertinente a inserção da fala desse Raphael.

8. "Raphael Gomide, da Folha de S. Paulo", ao invés de "... Raphael Gomide (Folha S. Paulo)". Se colocar entre parêntes, parece que a informação for fornecida pela Folha.


No dia 27 de manhã, foi a vez do painel “Novas mídias e relatos”, que contou com um público de 88 pessoas e com 5 palestrantes: Ivana Bentes (diretora da Escola de Comunicação da UFRJ), Maurício Segura (jornalista chileno que trabalha no Canadá), Itamar Silva (Ibase), Jorge Antonio Barros (editor de um blog de O Globo) e Tião Santos (coordenador da Rádio Viva Rio). Muitas discussões foram apresentadas, como a polêmica pacificação da comunidade Santa Marta, a qual Itamar até destaca ser chamada erroneamente pela mídia de “Dona Marta”, ou a importância de mídias alternativas, como os blogs de Internet ou as rádios comunitárias. “A Grande Imprensa não é feita para os pobres”, destaca Jorge Antonio. Devido ao ânimo dos presentes, a parte de perguntas também gerou outros debates, como a questão da inserção da tecnologia Wi-Fi no Santa Marta, o uso de expressões preconceituosas na imprensa e os prós e contras da liberdade da Internet. Houve tempo para 8 indagações, e apesar da falta de espaço para discutir essas questões tão importantes em nossa sociedade, o resultado da palestra foi satisfatório a todos os presentes.
9. "editor de um blog de O Globo": imprecisão jornalística. Qual blog? Qual o endereço? O blog que ele escreve tem tudo a ver com o tema da mesa.
10. Ao invés de "ou", use "e", tanto em "'Dona Marta', ou a importância de mídias", como em "Internet ou as rádios comunitárias"
11. Como assim "devido ao ânimo"? Se o debate foi quente, deixe claro, fale de forma explícita - é até bom ter tido polêmica.
12. Seria interessante ter o depoimento de alguém que assitiu à mesa.
13. As mudanças que você fez deixaram o texto bem melhor. Você tá pegando o jeito!